A 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em janeiro de 2022, ainda não está em uso no País. A expectativa é que ela esteja disponível nos sistemas de informação de vigilância em saúde a partir de 2025.
O período de transição da CID-10 para a CID-11, incluindo a classificação e coleta de dados, implica a definição de prazos e ações estratégicas para essa migração, demandando muitas etapas de trabalho.
A tradução para a língua portuguesa – coordenada pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis, em parceria com a Câmara Técnica Assessora para Gestão da Família de Classificações Internacionais, e que incluiu etapas de revisão e validação por especialistas na área de classificações – foi realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais. Neste ano, inicia-se a fase de adaptação dos sistemas de informação para utilização da CID-11. Segundo estimativa da OMS, o período de transição pode levar de dois a três anos, devendo estar disponível a partir de 1º de janeiro de 2025. Mas o conteúdo da CID-11 já pode ser acessado pelos médicos e interessados no assunto.
Em página da Organização Pan-Americana da Saúde encontra-se disponível o curso online "ICD - 11 tool", desenvolvido pelo Comitê de Educação e Implementação da Família Internacional de Classificações da Organização Mundial da Saúde. O link de acesso do curso é: https://www.campusvirtualsp.org/en/course/icd-11-training-package.
Novidades da CID-11
A nova versão é totalmente digital e apresenta um novo formato, com recursos multilíngues que reduzem a chance de erro. Ela também traz mais clareza dos termos para o público em geral e facilita a codificação de detalhes importantes, como a disseminação de um câncer ou o local exato e o tipo de fratura. A CID-11 também inclui recomendações de diagnóstico atualizadas para condições de saúde mental e documentação digital de certificados para Covid-19.
Em uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações padronizadas em todo o mundo, a CID-11 contém cerca de 17 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, sustentados por mais de 120 mil termos codificáveis. Por meio de combinações podem-se codificar mais de 1,6 milhão de situações clínicas.
A nova versão inclui ainda novos capítulos sobre medicina tradicional, saúde sexual e distúrbios relacionados a jogos – que agora foram adicionados à seção sobre transtornos aditivos.
Outras informações também podem ser encontradas na Nota Técnica nº 60/2022
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