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Residência em Pediatria no Brasil: quantos programas existem e como fortalecer a formação no Norte e Nordeste

  • Foto do escritor: Giselle
    Giselle
  • há 9 minutos
  • 2 min de leitura
Equipe de médicos e enfermeiros no hospital, discutindo caso clínico e colaborando para oferecer um atendimento de saúde de qualidade.
Residência pediátrica: urgência em fortalecer programas no Norte e Nordeste.

A residência em pediatria no Brasil conta atualmente com 339 programas em 327 instituições, totalizando 6.162 vagas autorizadas, das quais 4.805 estavam ocupadas em 2024. A residência tem duração de três anos e é considerada o principal caminho para a formação do pediatra.


Desafios nas regiões Norte e Nordeste

A distribuição dos programas é altamente desigual. O Sudeste concentra cerca de 50% das residências médicas do país, enquanto o Norte tem menos de 5%. Essa disparidade reflete a falta de infraestrutura hospitalar, escassez de preceptores qualificados e baixa atratividade financeira para médicos que desejam permanecer nessas regiões.


“Formar pediatras na região é indispensável — manter pediatras na região é ainda mais urgente.”

Além disso, a carência de programas de residência e a ausência de políticas de incentivo levam muitos médicos formados no Norte e Nordeste a buscar especializações no Sudeste, onde há mais vagas e hospitais com maior capacidade de ensino e prática.


O que pode ser feito

  • Expandir os programas de residência em pediatria nessas regiões, com investimento em infraestrutura e preceptoria.

  • Melhorar os incentivos financeiros, oferecendo bolsas de estudo, moradia e transporte.

  • Criar políticas de fixação profissional, garantindo oportunidades de trabalho no SUS local após o término da residência.

  • Descentralizar a formação médica, fortalecendo parcerias entre universidades e hospitais regionais.

  • Investir em centros de referência e pesquisa pediátrica, para valorizar e reter talentos locais.


A valorização da residência em pediatria e o fortalecimento da formação médica nas regiões Norte e Nordeste são passos fundamentais para reduzir desigualdades e garantir o acesso das crianças brasileiras a um atendimento pediátrico de qualidade.


Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria; Associação Médica Brasileira; Demografia Médica Brasil; Ministério da Saúde.


 
 
 
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