Formação médica em risco: a abertura indiscriminada de cursos e a falta de médicos no interior do Brasil
- Giselle
- 9 de out.
- 1 min de leitura

O país que não valoriza seus médicos e profissionais da saúde corre o risco de perder a própria essência do cuidado.
A formação médica no Brasil está em um ponto crítico: enquanto o número de faculdades cresce rapidamente, faltam estrutura, professores qualificados e campos de prática adequados.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil ultrapassou 400 cursos de Medicina, sendo o segundo país com mais faculdades médicas do mundo, atrás apenas da Índia.
No entanto, essa expansão não se reflete na distribuição dos profissionais. Regiões como o Norte, o Nordeste e municípios do interior ainda sofrem com a escassez de médicos — em alguns casos, há menos de um médico para cada mil habitantes.
A desvalorização da carreira médica e as más condições de trabalho afastam os profissionais das regiões que mais precisam deles
A pressa em ampliar o número de vagas pode gerar profissionais menos preparados e sobrecarregar o sistema de ensino e os serviços de saúde.
Ao mesmo tempo, a desvalorização da carreira médica e as más condições de trabalho afastam os profissionais das regiões que mais precisam deles.
A solução passa por planejamento, regulação responsável e políticas de incentivo.
Sem isso, o país forma médicos sem garantir medicina — e o paciente é quem paga o preço.
Fontes: Conselho Federal de Medicina (CFM); Ministério da Educação (MEC); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).




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