Nova diretriz para diagnóstico e tratamento do autismo: avanços e desafios no Brasil
- Giselle
- há 2 horas
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A atualização da diretriz para autismo representa um avanço importante no cuidado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil — trazendo critérios mais claros, equipes multiprofissionais integradas e atenção à diversidade dos perfis. Ainda assim, a promessa só será cumprida se o diagnóstico e o tratamento chegarem a todas as crianças e adolescentes, em qualquer região.
Dados nacionais que evidenciam o cenário
O Censo 2022 indicou que 2,4 milhões de brasileiros têm diagnóstico de TEA, o que representa 1,2% da população.
Na faixa de 5 a 9 anos, a prevalência é de 2,6%, a mais alta registrada entre as faixas etárias.
Apesar dos avanços, o relatório do MEC-2024 mostra que o tempo médio para diagnóstico no Brasil ainda supera os 4 anos de idade, especialmente em crianças de áreas rurais ou baixa renda.
“Cada ano a mais sem diagnóstico é um ano a menos de desenvolvimento plenamente apoiado.”
O que muda com a nova diretriz para autismo
Com a atualização, o Brasil passa a ter:
Critérios revitalizados de diagnóstico com base em CID-11, reconhecendo níveis variados de funcionamento e linguagem.
Linha-guia para tratamento que inclui pediatria, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e assistência à família.
Orientação para atuação de equipes integradas no ambiente escolar, comunitário e de saúde.
Direcionamento para que municípios e estados melhorem fluxos, reduzam atrasos e tornem o cuidado mais equitativo.
Os desafios que seguem
A capacitação em massa de profissionais da saúde — muitos municípios ainda carecem de especialistas com treinamento específico para TEA.
Infraestrutura terapêutica desigual: em regiões distantes ou menos favorecidas, o tratamento contínuo e de qualidade ainda é escasso.
Monitoramento e indicadores de acompanhamento da diretriz: a aplicação efetiva e as consequências práticas ainda precisam ganhar visibilidade.
Garantir que cada criança com TEA em qualquer canto do Brasil tenha acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.
“A diretriz não faz sentido isoladamente: sua potência está em ser implementada, aplicada e acessível.”
A adoção da diretriz para autismo é um marco — mas é o início de uma nova etapa. É preciso transformar ela em prática, transformar critérios em cuidado, transformar diagnóstico em vida com mais qualidade.
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Ministério da Educação (MEC); Ministério da Saúde.
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