Crianças e redes sociais: especialistas alertam para riscos da adultização e exploração online
- Giselle
- há 5 dias
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A discussão sobre o uso de redes sociais por crianças e adolescentes ganhou destaque após denúncias do influenciador Felca Bress sobre perfis que expõem menores em situações sexualizadas ou com comportamentos adultos para gerar engajamento e lucro.
Segundo o Instituto Alana e o Netlab/UFRJ, o fenômeno da adultização — exposição precoce a comportamentos, responsabilidades e conteúdos reservados a adultos — prejudica o desenvolvimento emocional, social e físico, além de aumentar a vulnerabilidade a crimes, como abuso e exploração sexual.
No Brasil, 93% dos jovens de 9 a 17 anos usam internet, e 83% já têm perfil nas redes sociais. Sem moderação adequada, essas plataformas incentivam conteúdos chocantes ou erotizados, pois geram mais engajamento e, consequentemente, lucro para criadores e empresas.
A proposta de regulamentação (PL 2.628/2022) prevê que plataformas sejam obrigadas a criar mecanismos para impedir esse tipo de conteúdo, com multas de até 10% do faturamento em caso de descumprimento. A Sociedade Brasileira de Pediatria apoia a aprovação urgente.
“Nem as famílias têm o direito de lucrar com a imagem de crianças e adolescentes”, afirma Rodrigo Nejm, especialista em educação digital.
Famílias devem adotar medidas de proteção imediatas: evitar expor imagens íntimas, monitorar acessos e orientar sobre segurança digital. A infância não pode ser tratada como produto nas redes sociais.
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