Ciência e tecnologia na saúde: avanços e desigualdades no acesso no Brasil
- Giselle
- há 12 minutos
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Celebrado em 16 de outubro, o Dia Nacional da Ciência e Tecnologia é um convite à reflexão sobre os grandes avanços que o conhecimento humano trouxe à saúde — e sobre o abismo que ainda separa a inovação da realidade de milhões de brasileiros.
Nos últimos anos, o país assistiu a um salto significativo na ciência e tecnologia na saúde:
Telemedicina: cresceu 370% entre 2020 e 2023, segundo o Ministério da Saúde. Foram mais de 8,5 milhões de atendimentos virtuais apenas em 2024, conectando pacientes de diferentes regiões a especialistas.
Inteligência artificial: já auxilia diagnósticos em imagens radiológicas e exames laboratoriais, acelerando resultados e reduzindo erros.
Cirurgias robóticas: presentes em mais de 80 hospitais brasileiros, permitem procedimentos mais precisos, menos invasivos e com menor tempo de recuperação.
Prontuários eletrônicos e monitoramento remoto: vêm revolucionando o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas.
Apesar desses avanços, o acesso à tecnologia médica ainda é profundamente desigual. Enquanto hospitais de ponta, concentrados no Sudeste e Sul, incorporam inovações de última geração, muitos municípios do Norte e Nordeste lutam para garantir consultas básicas.
Mais de 60% dessas cidades têm déficit de médicos especialistas, e em várias delas a infraestrutura digital é precária, dificultando o uso de ferramentas como a telemedicina.
“A ciência avança todos os dias, mas a saúde só evolui quando esse avanço chega a quem mais precisa.”
O desafio é fazer com que a ciência e tecnologia na saúde não sejam privilégio de poucos, mas um direito de todos. Isso passa por políticas públicas, investimentos em conectividade, formação profissional e valorização da pesquisa científica nacional.
“Inovar é essencial. Democratizar o acesso à inovação é urgente.”
Garantir que a ciência e tecnologia na saúde estejam a serviço de todas as vidas é o caminho para um sistema de saúde mais justo, humano e eficiente.
Fontes: Ministério da Saúde; Conselho Federal de Medicina; Associação Médica Brasileira; Sociedade Brasileira de Informática em Saúde; Demografia Médica Brasil.