Glaucoma – diagnóstico precoce é fundamental para evitar perda da visão
- Giselle
- há 1 dia
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26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A maioria das pessoas já ouviu falar em glaucoma como sendo a principal causa de cegueira irreversível no mundo, que afeta mais pessoas a partir dos 40 anos.
Apesar de mais raro (1 a cada 10 mil bebês), o glaucoma congênito ou infantil é muito grave e, se não for diagnosticado e tratado precocemente, leva à cegueira de forma muito rápida.
O glaucoma se deve a um desequilíbrio entre a formação e a drenagem de um líquido interno do olho, o humor aquoso. O acúmulo desse líquido gera um aumento da pressão ocular, que vai comprimir a cabeça do nervo óptico, levando à cegueira.
O bebê que nasce com obstrução do local de drenagem desse líquido tem sinais diferentes do glaucoma do adulto.
Como o olho do bebê é menos rígido que o do adulto, essa elevação da pressão interna do olho leva a um crescimento excessivo do globo ocular (buftalmo), e também a um edema (inchaço) da córnea, que dá um tom azulado da camada mais anterior do olho.
Os sintomas decorrentes dessas alterações nos olhos são: lacrimejamento excessivo, muita fotofobia (o bebê não consegue abrir os olhos diante de luminosidade), olhos irritados e vermelhos, aumento do diâmetro da córnea.
O tratamento na maioria dos casos é cirúrgico, com o intuito de baixar a pressão intraocular. E deve ser feito após o diagnóstico, com exame sob narcose para medida da pressão ocular e fundo de olho do bebê.
Mas o diagnóstico deve ser feito de forma rápida e precoce, pois reduzir a pressão ocular do bebê é fundamental para que não ocorra uma perda do nervo óptico e cegueira irreversível.
Relatora: Márcia Keiko Uyeno Tabuse, Presidente do Departamento Científico de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo
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