Álcool na gestação: riscos do consumo para gestante e recém-nascido

Apenas zero álcool protege a gestante e o recém-nascido.

O consumo de álcool na gestação é reconhecido há décadas como um dos principais fatores evitáveis de danos ao desenvolvimento fetal. Do ponto de vista científico, não existe nível seguro de ingestão alcoólica durante a gravidez ou o período de amamentação, pois o etanol atravessa rapidamente a placenta e atinge o feto, que não possui capacidade metabólica para processar essa substância.

“Não existe quantidade segura de álcool na gestação.”

Principais riscos para gestante e bebê

Complicações obstétricas: aumento do risco de aborto, parto prematuro, descolamento prematuro de placenta, restrição de crescimento intrauterino e baixo peso ao nascer.

Alterações no desenvolvimento fetal: impacto direto na formação cerebral, prejuízos à organização das redes neurais e comprometimento do desenvolvimento motor e cognitivo.

Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) e TEAF: o álcool na gestação é responsável por condições permanentes e evitáveis que incluem déficits cognitivos, problemas de comportamento, dificuldades de aprendizagem, alterações físicas e prejuízos na socialização.

Riscos no pós-parto: durante a amamentação, a substância também é transferida via leite materno, podendo alterar o sono, o ganho de peso e o desenvolvimento neurológico do recém-nascido.

No Brasil, dados recentes mostram que cerca de 14% das gestantes relataram consumo de álcool durante a gravidez, e aproximadamente 10% apresentaram padrão de uso inadequado. Esses números refletem a necessidade de reforçar campanhas de orientação e ampliar o acesso à informação qualificada.

“A prevenção do TEAF começa com a informação.”

Prevenção e orientação

A conduta mais segura continua sendo a abstinência total de álcool durante a gestação e a amamentação. Profissionais de saúde desempenham papel essencial na identificação precoce, no aconselhamento e no acompanhamento das gestantes, garantindo cuidado integral e prevenção de danos irreversíveis.

Fontes: SPSP – Sociedade de Pediatria de São Paulo; CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool; Agência Brasil; Gravidez Segura

#GravidezSemÁlcool #SaúdeMaternoInfantil #ProteçãoAoRecémNascido #TEAF #SaúdePública #BarsantiVazquez #DrClaudioBarsanti #CuidadosQueImportam #Pediatria #Enfermagem