Desafios perigosos nas redes: 56 crianças mortas e a urgência de repensar nosso papel
- Giselle
- há 7 horas
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Entre 2014 e 2025, ao menos 56 crianças e adolescentes morreram no Brasil por participarem de desafios virais em redes sociais. O caso mais recente foi o de Sarah Raissa, de 8 anos, vítima do “desafio do desodorante”.
O dr. Fausto Flor Carvalho, da Sociedade de Pediatria de SP, é claro: “Há uma série de erros nessa cadeia. Alguém criou o desafio, alguém publicou, a rede permitiu a divulgação, e pais acreditam que um celular sozinho é seguro”.
Esse tipo de tragédia revela uma falha coletiva: ausência de regulação, de responsabilidade das plataformas e, principalmente, falta de supervisão e diálogo em casa.
A internet é território fértil para conteúdos extremos. Saber o que os filhos estão consumindo online exige mais do que filtros: exige presença, escuta ativa e diálogo diário. Pais precisam falar a mesma língua dos filhos no ambiente digital.
“Olho no olho, conversa, escuta — não só para dar bronca, mas para abrir espaço de confiança”, reforça o especialista.
Essas tragédias não podem ser naturalizadas. Precisamos agir agora: regulamentar, fiscalizar, educar e participar. A infância não pode ser deixada à mercê de algoritmos.
Prevenção começa em casa. Mas exige compromisso de todos.
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