Consumo de açúcar na gestação e infância: por que a moderação pode proteger o coração no futuro
- Giselle
- há 24 minutos
- 2 min de leitura

O consumo de açúcar durante a gestação e nos primeiros anos de vida pode ter impacto duradouro sobre a saúde cardiovascular. Pesquisas recentes, inclusive um estudo citado na revista The BMJ, levantam a hipótese de que restringir o consumo de açúcar desde a gravidez até aproximadamente os dois anos de idade pode estar associado a menor risco de doenças cardíacas, como infarto, insuficiência cardíaca e outras complicações ao longo da vida.
“Alimentação equilibrada desde a gestação e os primeiros anos é investimento em saúde para toda a vida.”
Por que a alimentação nos primeiros anos importa tanto?
Durante a gestação e os primeiros meses e anos de vida, o organismo do bebê está em formação e alta plasticidade — o que inclui formação metabólica, cerebral e estrutural. Excesso de açúcar nesse período pode predispor a alterações no metabolismo, influenciar o risco de obesidade, resistência à insulina, inflamação crônica e, por consequência, vulnerabilidade às doenças cardiovasculares no futuro.
O que a evidência sugere até agora
Embora haja indícios de benefício da moderação do açúcar no início da vida, os dados ainda são limitados. O estudo mencionado aponta para uma associação entre menor consumo de açúcar na gestação e infância e melhores desfechos cardíacos na vida adulta — mas os resultados devem ser interpretados com cautela. São necessárias mais pesquisas para confirmar essa relação e definir recomendações precisas.
“Menos açúcar no início pode significar um futuro de coração mais forte.”
Orientações práticas para gestantes e famílias
Durante a gravidez: priorizar alimentação equilibrada, com frutas, verduras, cereais integrais e evitar bebidas e alimentos com adição excessiva de açúcar.
Ao introduzir alimentação infantil: oferecer papinhas e refeições naturais, evitando doces, refrigerantes, sucos adoçados e alimentos ultraprocessados.
Acompanhamento com profissional de saúde: nutricionistas, pediatras e ginecologistas podem orientar sobre dieta adequada e hábitos saudáveis.
Educação de longo prazo: incentivar a criança desde cedo a preferir alimentos saudáveis, criando hábitos alimentares que durem por toda a vida.
Por que esse cuidado vale a pena
Investir em alimentação saudável desde o início da vida — desde o útero até a infância — pode significar redução de risco de doenças crônicas, melhor qualidade de vida e menor sobrecarga no sistema de saúde. A moderação no consumo de açúcar é uma medida simples, acessível e com potencial de impacto profundo ao longo de gerações.
Fontes: The BMJ — Estudo sobre restrição de açúcar na gestação e infância e desfechos cardiovasculares; Organização Mundial da Saúde — Recomendações de alimentação saudável para gestantes e crianças; Sociedade Brasileira de Pediatria — Diretrizes de nutrição infantil




Comentários