Leitura e desenvolvimento infantil: como os livros transformam vidas desde a infância
- Giselle
- há 1 dia
- 2 min de leitura

“Assim como um pássaro que acaba de ser preso e forceja por transpor as paredes da gaiola, assim bate a imaginação encerrada nelas, sem poder sair, sem achar uma porta, nada.” (Extraído do conto de Machado de Assis “Cantiga de Esponsais”, do livro Histórias sem fim). A leitura estimula e fortalece esse pássaro a querer voar. A leitura transforma vidas!
E falando sobre isso, vamos relembrar como a leitura impactou cada um de nós…
“O livro que mais me marcou no final da infância foi O meu pé de laranja lima , do José Mauro de Vasconcelos. Aproveitei o momento em que estava doente para “devorar” esse livro – me marcou demais e ainda hoje me lembro do menino, que criou um mundo de fantasia, onde conta tudo para a árvore de laranja-lima, no intuito de tentar escapar da realidade de sua vida, repleta de espancamentos, abuso infantil, racismo e pobreza extrema, mas com desejos, afetos e amizades – lembro até do personagem “Portuga”, seu amigo e substituto da figura paterna.
A leitura teve, desde muito cedo na minha vida, impactos muito significativos, por ter me levado a expandir conhecimentos (livros históricos e que contam a história antiga), aprimorar meu vocabulário, aliviar o estresse, ajudar a relaxar e ter me “transportado para dentro” de universos, como dos contos de fadas e histórias da antiguidade, além de me inspirar e motivar a querer ser como alguns personagens, como uma médica de sucesso familiar e profissional. Os livros nos despertam vários sentimentos e emoções, como: alegria, tristeza, raiva, culpa, vergonha, medo, surpresa, orgulho, ciúmes. E nos ajudam muito a desenvolver empatia, nos conectar com as pessoas, aprimorar a resiliência e a capacidade de lidar com situações difíceis.”
Renata Waksman – Coordenadora da Campanha Leitura em Família
“Eu não sei se a leitura mudou a minha vida, pois ela sempre esteve presente, de alguma forma. Ouvia histórias que me contavam quando criança; lia espontaneamente livros ou revistas porque estavam lá em casa para uso de quem quisesse ler; participava, desde pequenino, de conversas “adultas” ao redor da mesa em família, sobre temas diversos. Enfim, hoje conservo a mesma curiosidade e prazer em ler, porque sempre foi assim, graças a esse ambiente familiar facilitador. #gratidãoaosmeuspais”
Fernando MF Oliveira – Coordenador da Campanha Leitura em Família
“A leitura sempre me ajudou desde a adolescência. Tive uma crise existencial com 15 anos e minha mãe me recomendou O fio da navalha , do Somerset Maugham. Cada personagem acha um sentido diferente para viver. Li A cidadela , do Cronin, que me motivou a ser médico. A Tábula rasa, do Steven Pinker, que enfrenta o debate “natureza versus criação”. O autor ataca três dogmas fortemente arraigados na cultura ocidental: a ideia de que a mente de um recém-nascido é uma “tábula rasa” a ser preenchida pelos pais e pela sociedade; a concepção de que o homem em seu estado primitivo é um bom selvagem; e a crença de que a alma imaterial dotada de livre-arbítrio é a única responsável pelas ações do indivíduo.”
Eduardo Troster – Coordenador da Campanha Leitura em Família
E você? Como a leitura impactou sua vida?
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