Dor entre médicos do SUS: prevalência, impactos e caminhos para alívio
- Giselle
- 17 de out.
- 2 min de leitura

A dor entre médicos do SUS é uma realidade invisível, mas com efeitos concretos. Sobrecarga de plantões, estrutura física limitada e longas jornadas fazem com que muitos médicos passem por dor constante — o que compromete não só sua qualidade de vida, mas também a segurança dos pacientes.
Dados brasileiros recentes
Estudo com profissionais de saúde da linha de frente revelou que 84,7% relataram dor musculoesquelética, e entre as variáveis associadas estavam estresse elevado e falta de atividade física.
Em pesquisa ampla sobre qualidade de vida médica, 45% dos médicos do Brasil afirmam viver com pelo menos um transtorno mental, incluindo ansiedade ou depressão, sintomaticamente ligados à dor física crônica.
A dor lombar é tão prevalente que ela aparece entre as maiores causas de procura por consultas médicas — atrás apenas de condições respiratórias leves, segundo avaliações nacionais.
“Trabalhar em dor é estar presente no corpo, ausente na atenção.”
Consequências para quem cuida e para quem recebe cuidado
Quando a dor entre médicos do SUS não é cuidada, as implicações vão além do sofrimento individual:
Diminuição de desempenho, maior probabilidade de erros diagnósticos ou atrasos nos atendimentos.
Afastamentos ou necessidade de reduzir carga de plantões — em regiões onde cada médico já é escasso.
Impacto no bem-estar mental: dor prolongada se associa a insônia, irritabilidade, ansiedade.
Sentimento de desvalorização: quando a dor não é reconhecida como parte do trabalho, profissionais se sentem negligenciados.
Caminhos para prevenção e alívio
Instituir políticas nos hospitais do SUS para avaliação regular de dor entre equipes médicas, com programas de prevenção ocupacional (fisioterapia, pausas e alongamentos).
Investir em ergonomia: central de material, mobiliário adaptado, equipamentos que minimizem esforço físico repetitivo.
Garantir descanso adequado: limites para jornadas exaustivas, plantões justos, compensações quando necessárias.
Cultura de cuidado institucional que reconheça a dor como problema de saúde, ofereça suporte médico e psicológico para os profissionais.
Educação formativa: incorporar no treinamento médico ações práticas de autocuidado, reconhecimento de dor e estabelecimento de práticas saudáveis desde a residência.
“Curar a dor de quem cuida é vital para preservar o cuidado de quem precisa.”
Fontes: Estudo com profissionais de saúde da linha de frente da pandemia; Pesquisa Qualidade de Vida dos Médicos 2025; Agência Brasil; levantamento nacional de consultas médicas.




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