Cosméticos infantis: riscos de intoxicação e como prevenir acidentes
- Giselle
- há 4 horas
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O uso de cosméticos infantis está cada vez mais comum — especialmente com a popularização de produtos que imitam os dos adultos, mas com embalagens coloridas e cheiros marcantes. Embora pareçam inofensivos, esses produtos podem representar sérios riscos à saúde das crianças se não forem usados e armazenados corretamente.
Segundo dados da Anvisa e do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), mais de 20 mil casos de intoxicação por produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos foram registrados no Brasil nos últimos anos, sendo as crianças de até 4 anos o grupo mais vulnerável. A ingestão acidental é a principal causa, seguida de contato com olhos e pele.
“O colorido e o perfume dos cosméticos atraem as crianças — por isso, o armazenamento seguro é a primeira linha de prevenção.”
Entre os problemas mais comuns estão alergias de contato, irritações na pele, vermelhidão, coceira e até intoxicações sistêmicas. O uso de produtos inadequados para a faixa etária, sem certificação da Anvisa ou com substâncias químicas agressivas, aumenta ainda mais o risco.
Além disso, o uso excessivo e precoce de cosméticos pode interferir na integridade da pele infantil — mais sensível e permeável —, favorecendo o surgimento de dermatites e outras reações adversas.
“A beleza da infância deve vir acompanhada de segurança. Cada produto usado na pele da criança deve ser escolhido com critério e orientação médica.”
Dicas para prevenir acidentes com cosméticos infantis:
Guarde os produtos fora do alcance e da vista das crianças.
Prefira cosméticos com certificação da Anvisa e indicação de idade.
Evite produtos com fragrâncias fortes e excesso de corantes.
Oriente as crianças a não brincarem com frascos e embalagens.
Em caso de ingestão ou contato acidental, procure atendimento médico imediatamente.
Garantir o uso seguro de cosméticos infantis é parte fundamental dos cuidados com a saúde e bem-estar das crianças. O pediatra deve orientar as famílias sobre produtos apropriados e reforçar a importância da prevenção.
Fontes: Anvisa; Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox); Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
